Nos últimos anos, o cenário previdenciário brasileiro passou por mudanças
significativas — e as incertezas continuam. A Reforma da Previdência de 2019
foi apenas o início de uma série de alterações nas regras, cálculos e
benefícios. Em 2025, com o novo ciclo de transição das aposentadorias e o
aumento da fiscalização do INSS, cresce a dúvida entre trabalhadores e
autônomos: vale a pena investir em contribuições mais altas para o INSS?
A resposta não é simples, mas uma coisa é certa: o planejamento previdenciário nunca foi tão necessário.
Por que fazer um planejamento previdenciário agora?
Planejar a aposentadoria deixou de ser algo distante ou só para quem está perto de se aposentar. Hoje, quem entende o próprio histórico contributivo, os direitos e as possibilidades de estratégia consegue:
Evitar perdas financeiras futuras
Aproveitar regras de transição mais vantajosas
Antecipar o acesso a benefícios
EEscolher a forma de contribuição ideal para seu perfil
Isso se aplica especialmente a autônomos, empresários, MEIs, profissionais liberais e pessoas que trabalham de forma intermitente ou informal, que têm maior autonomia (e responsabilidade) sobre suas contribuições.
Contribuir com o mínimo ou o máximo? Eis a questão.
O piso e o teto do INSS em 2025 são, respectivamente:
Salário mínimo: R$ 1.518,00
Teto previdenciário: R$ 8.157,41.
A contribuição mensal ao INSS pode variar de 5% a 20%.
Mas será que pagar mais agora significa receber mais no futuro?
Nem sempre.
Para quem não tem uma média de contribuições altas, fazer um ou outro recolhimento sobre o teto não garante uma aposentadoria próxima dele.
Após a Reforma da Previdência o INSS calcula o benefício com base na média de todos os salários de contribuição.
Quando vale a pena contribuir mais?
Contribuir com valores acima do mínimo pode ser vantajoso nos seguintes casos:
Já tem uma base de contribuições altas no passado e quer manter essa média elevada
Quer aumentar o valor de benefícios por incapacidade, como auxílio-doença ou aposentadoria por incapacidade permanente.
Pretende se aposentar pelo teto e tem um plano de longo prazo para isso.
Quando é melhor manter o valor mínimo?
Manter o piso pode ser mais prudente quando:
A renda atual é instável ou baixa — o importante é manter a qualidade de segurado;
O histórico de contribuições é majoritariamente sobre o salário mínimo;
Você ainda está longe da aposentadoria e pode ajustar a estratégia mais adiante;
Você está contribuindo apenas para manter benefícios como auxílio-maternidade ou pensão por morte.
O que um bom planejamento previdenciário inclui?
Um planejamento bem feito leva em conta:
Tempo de contribuição;
Histórico salarial;
Idade e regras de transição disponíveis;
Tipos de benefícios desejados;
Situação atual do INSS e possíveis reformas futuras;
Perfil de risco e estabilidade da profissão;
Muitas vezes, contribuições isoladas de valor elevado não geram retorno proporcional, enquanto contribuições regulares e estratégicas produzem ganhos reais no benefício final.
Conclusão: cada caso é um caso — e exige análise individual
Em tempos de instabilidade, a melhor escolha é informação e estratégia. Contribuir com mais ou menos não deve ser uma decisão feita por impulso, mas sim com base em cálculo, planejamento e orientação especializada.
Nosso escritório está à disposição para ajudar você a analisar seu histórico previdenciário e traçar um plano que garanta segurança e o melhor benefício possível no futuro.
Entre em contato conosco e agende uma consulta para o seu planejamento previdenciário personalizado.
Fontes: Vinicius Morante Emer Guimarães
OAB/PR 110.674